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Pandemia é momento para aprimoramento e redescoberta de nossas necessidades existenciais.





Este ano, sem previsão alguma, tivemos de mudar nossos hábitos abruptamente. A nova regra social impôs o distanciamento entre humanos como forma de manter a saúde e evitar, possivelmente, a morte. Uma doença causada por um vírus com padrões letais surgiu, e não há no momento nenhum tratamento ou vacina. Fomos pegos de surpresa, o que nos causa problemas que antes nem imaginávamos. E isto está afetando o mundo todo, e todo mundo.

 O Brasil ainda teve um pouco mais de tempo para se preparar e tentar evitar maiores danos, porém nada foi efetivo para descontinuar a disseminação local do coronavirus. Agora, os brasileiros precisam enfrentar a realidade, e retirar dela a força para superar este tempo tão incerto. E não é só a questão sanitária, que trata da saúde pessoal e coletiva, mas também a economia minguando, que gera desemprego e coloca boa parcela da população em situação de pobreza ou miséria. E não há qualquer projeto político ou ação de governo que amenize tamanho sofrimento.

Esta epidemia deixou mais nítida certas tendências sociais, de comportamento, mostrando as cicatrizes de uma sociedade adoentada. Mas, felizmente, ao mesmo tempo, se quisermos, podemos receber o bálsamo capaz de atenuar as feridas provenientes dos preconceitos, das violências e das crueldades mundanas. Até podemos estar vivendo, ainda, como enfermos de alma, contudo nos é permitido seguir um tratamento mais adequado, se buscarmos no amor e na esperança o medicamento que trará alívio para nossas agruras.

O fato é que esta pandemia aflorou necessidades existenciais antes esquecidas. A falta do abraço para conter o aumento do contágio, fez com que as pessoas notassem o quanto é importante o afeto, e de que outras formas, é possível demonstrá-lo. E o tempo parece que ficou mais curto e, portanto, mais aproveitado precisa sê-lo. Estamos sim com certos temores, mas como humanos tendemos a nos reinventar neste momento de crise.

E note o quão interessante está sendo observar o que nos iguala como seres humanos. Somos entes que sentem, que se destinam para o mesmo lugar. Embora os caminhos possam ser diferentes, há o equilíbrio de sermos feitos da mesma composição, de carne, osso e alma.

Neste jogo da vida, cada qual tem seu espaço e função, e manter-se em campo agora é fundamental. Coragem é a palavra-chave, e perseverança é o que pede nossa pessoa interior. O processo de aprimoramento moral se tornou essencial, e acelerá-lo é o que garantirá um futuro menos danoso e mais positivo. Assim, recriemos em nós a vontade infantil de fazer acontecer e dar certo.

Alexandre Fon
@_alexandrefon


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