Entendendo a Psicografia
Postado em 17 de fevereiro de 2018.
![]() |
Ilustração de sessão mediúnica, onde se aplica a psicografia |
A psicografia continua sendo um dos principais canais de comunicação extrafísica
(espiritual), e um dos mais conhecidos pelo público leigo. Neste fenômeno, por intermédio
do psiquismo de alguém preparado, se aplica pela escrita, as palavras ditas por
um ser em outra dimensão (pessoa projetada ou já
transpassada pela morte biológica).
Para melhor compreensão do tema, este artigo será alicerçado a três
linhas de estudo.
1.
Quanto à existência do fenômeno mediúnico – no
caso, a psicografia. Obter fundamentos empíricos que justifiquem e sustentem a
tese da interlocução entre graus existenciais diferentes, inclusive a
comunicação com pessoas já dessomadas (mortas), é essencial.
2. Em relação ao conceito da psicografia, tão
distinto entre seus usufrutuários (médiuns ou mediadores de efeito). Quais os
meios capazes de elucidar e separar o fenômeno psicográfico das peculiaridades de
certos acontecimentos anímicos, a exemplo da imaginação astuta e criativa?
3. E, sustentado pela neurofisiologia, tratemos de
observar e ponderar as atividades do cérebro no decurso do experimento da
psicografia.
Estudando a psicografia.
Atualmente, pela extensa literatura disponível sobre o tema, desde obras
espíritas a outras de cunho mais cientificista, estudar a psicografia ficou mais
fácil, não simples. Ainda, faz-se necessário reconhecer (e bem) as fontes e
suas intenções.
A psicografia pelo codificador dos espíritos.
Já na introdução de o “Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, verifica-se
logo, certa evolução dos fenômenos espirituais: desde as primeiras batidas em
objetos sólidos; das mesas girantes a experimentos com o lápis na mão do
comunicador intermediário (psicógrafo).
Segundo Kardec, a psicografia é o meio mais prático, cômodo e completo,
para a comunicação entre mundos, pois atende em qualquer tempo e lugar.
Observe trecho de “O Livro dos Médiuns”, também de Kardec, mais
precisamente o capítulo 15:
De todas
as formas de comunicação, a escrita manual é a mais simples, a mais cômoda e
sobretudo a mais completa. Todos os esforços devem ser feitos para o seu
desenvolvimento, porque ela permite estabelecer relações tão permanentes e
regulares com os Espíritos, como as que mantemos entre nós. Tanto mais devemos
usá-la, quanto é por ela que os Espíritos revelam melhor a sua natureza e o
grau de sua perfeição ou de sua inferioridade. Pela facilidade com que podem
exprimir-se, dão-nos a conhecer os seus pensamentos íntimos e assim nos
permitem apreciá-los e julgá-los em seu justo valor. Além disso, para o médium
essa faculdade é a mais suscetível de se desenvolver pelo exercício. (Kardec,
2015).
Categorização da psicografia
Ainda em, “O Livro dos Médiuns”, Kardec aborda de maneira mais minuciosa
os diversos mecanismos psicográficos, e categoriza a Psicografia em mediata ou indireta
(quando o lápis é adaptado a um objeto
qualquer que serve, de certo modo, de apêndice à mão, como uma cesta ou uma
prancheta), e imediata ou direta (quando o próprio médium escreve pegando o
lápis como para a escrita ordinária).
Quanto ao processo de realização do
fenômeno da psicografia.
Kardec, em sua decodificação, optou por dividir o processo de realização
do fenômeno psicográfico em dois extremos. De um lado está a mediunidade mecânica,
e de outro a mediunidade intuitiva.
No entanto, o mais comumente visto, segundo o autor, é um tipo
intermediário de mediunidade psicográfica, conhecida por psicografia semimecânica,
onde o intermediário de efeito sente o movimento de seu braço, no mesmo tempo
que lhe provém os pensamentos que estão sendo redigidos.
Psicografia mecânica
A identificação da psicografia mecânica se dá pelo movimento
involuntário da mãos do médium e da ausência de consciência do mesmo perante o
conteúdo da mensagem.
Psicografia intuitiva
Já na psicografia intuitiva o comunicante extrafísico transmite ao
médium suas ideias, que por sua vez e vontade escolhe se as repassa ou não.
A variante.
Há ainda uma variante na mediunidade intuitiva, denominada de
mediunidade inspirada. Neste tipo, é tão sutil a atuação das consciências extrafísicas
que o médium tem bastante dificuldade para distinguir o que é seu pensamento, e
o que vem de outros.
E preste bastante atenção.
Quando se observa ou pratica o fenômeno da psicografia, é importante dar
atenção para suas características específicas, tais como:
ü As mudanças
de caligrafia;
ü As resoluções
externas advindas das vontades dos médiuns;
ü A revelação
de algum pensamento de inteligência superior;
ü As
páginas redigidas em idiomas estranhos aos médiuns;
ü As
respostas às perguntas mentais, encaminhadas à consciência extrafísica
comunicante (espírito) sem o acesso do médium pelos cinco sentidos.
Assim, reiteramos o quão importante é conhecer suas fontes, e ir buscar técnicas
que facilitem a implantação deste método de comunicação entre consciências.
Aproveitamos para indicar, além das obras já citadas, os livro “Nos
Bastidores da Psicografia - A Hora das Luzes”, de Ândrea Machado, e “Mecanismos
da Mediunidade”, de Chico Xavier.
Espero
encontrar você numa próxima. Abraços.
Alexandre Fonseca M. e Silva
Colaborador Amor e Esperança