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Existe Lívre-Arbítrio?


Postado em 31 de janeiro de 2018



Já se perguntou sobre qual o real controle de suas escolhas, se existe mesmo o tal livre arbítrio? Será que possui, de verdade, a livre escolha sobre as várias situações da sua vida?

Vamos explorar um pouco o assunto?

Pela experiência que tenho, e baseado em estudos do comportamento, acreditar que existe um futuro inevitável ou um destino determinado previamente, é o mesmo que retirar do indivíduo as responsabilidades de seus atos. Afinal, se não há a opção quanto ao processo, tanto não se pode gerar responsabilidade pelos resultados.

O que nos ocorre agora, ou o que nos acontecerá, é decorrência das escolhas que fizemos no percurso da vida. Desde as pequenas ações àquelas mais importantes, tudo é resultante de nossas decisões. Entretanto, pelas consequências advindas da existência, só podemos escolher dentre as opções, aquelas possíveis. Mas perceba que sempre temos alternativas quanto ao pensar, ao sentir e ao agir.

Escolhas possíveis?

Mesmo quando, dentre as opções possíveis, escolhemos realizar alguma coisa, ou deixar de realizar alguma coisa, sempre poderemos pensar em termos evolutivos, ou seja, se aquela ação ou inércia irá afetar princípios existenciais, morais, físicos e éticos.

Assim, daqueles que valorizam sua experiência existencial, são esperadas tomadas de decisões mais sensatas em face das responsabilidades evolutivas. Todo ser humano tem a capacidade de ultrapassar as zonas da ignorância, e de potencializar suas habilidades e inclinações, e de se conduzir a situações melhores, sem detrimento de seus valores ou dos valores de outros seres humanos.

Sobre as escolhas comuns (convencionais)

O que são escolhas comuns? São aquelas comumente baseadas nos princípios sociais e culturais, próprias do convívio interpessoal. Estas decisões tendem a ser mais emocionais, de aspectos puramente mentais e inteligíveis, que partem do pressuposto do que é o melhor para todos. Geralmente promove ganhos efêmeros, e se bem-intencionada, gera proveitos evolutivos duradouros.

Escolhas produtivas (evoluídas)

 Escolhas evoluídas são aquelas advindas do discernimento constante, que não relevam os idiotismos culturais e não dilapidam o tempo com futilidades. Implicam da maturidade do ser, dos relacionamentos sadios, e tem destaque na superação das dificuldades, pois tem potencial para o aprimoramento da autoconsciência.

No nosso Cotidiano

A sociedade ocidental, base do que vivemos, tende a ser bastante consumista e imediatista, com valores mais próximos do “sentir” do que do “pensar”. O prazer do agora em oposição das consequências do amanhã. E por isto, este meio pode ser confinante às escolhas produtivas.

Neste âmbito, para que desenvolvamos nossas competências decisórias, necessário se faz entender o real significado da palavra discernimento, que em comparação, é um termo muito austero e significativo do que o livre-arbítrio.
  
Ter livre arbítrio significa puramente poder escolher. Já o discernimento tem a pretensão de fazer uma escolha melhor, isto é, implica na maturidade da escolha. Ao decidir, nestes termos, sempre se busca o adiantamento moral e ético, com a finalidade de ajudar no processo evolutivo.



 Terceirização das escolhas existenciais

Terceirizar suas escolhas é o mesmo que colocar seu destino em função das escolhas das outras pessoas, ou até mesmo da “vontade divina”. Muitos, deixam-se guiar “pelo alvitre de Deus”, e nisto, tornam-se incapazes de questionar as intenções de tais escolhas, resultando num conformismo e comodismo (submissão), tragados da transferência das responsabilidades.

Em suma, terceirizar decisões não imputa na transferência de responsabilidades. Portanto, até podem decidir por você, mas com certeza não serão os outros que assumirão as consequências de sua falta de coragem em decidir.
Claro, todos nós, vez ou outra, necessitamos de uma assistência fraterna, de ajuda apropriada quanto ao que pensar em certas horas. Porém, escolher precisa ser intransferível; é o que traz significado à vida; que demonstra a unicidade do ser nos caminhos da existência. Aliás, num prisma evolutivo, qualquer guru é desnecessário.

Renove suas atitudes

Assim, caso queira uma vida com mais equilíbrio, seja emocional, mental ou físico, e que siga seus próprios princípios, por favor pondere e racionalize suas decisões, e evite assim que seu instinto emocional prevaleça. E tenha sempre a vontade de acertar, com uma nítida intenção de fazer o bem, e com foco no que é primaz para você.

 Tente ao menos, desertar dos sentimentos mesquinhos e das atitudes negativas, tais como medos e culpas, mágoas e queixas.  Estes aturdem seu discernimento e, por consequência, suas escolhas também ficam prejudicadas.

No fim, somos nós que decidimos qual o destino, e sucesso na chegada decorre das escolhas evolutivas que fazemos.

Alexandre Fonseca M. e Silva
Colaborador Amor e Esperança
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